
A Mangueira nunca será somente carnaval, vai além do desfile e o seu trabalho acontece durante todo o ano. Inserida socialmente dentro da comunidade que necessita de atenção e cuidado, montamos um time de profissionais que são parte do Departamento Médico da Mangueira para atendimento e diversas áreas da saúde.
Hoje vamos conhecer um pouco do trabalho realizado pela psicóloga Mariana Martins.
Formada em 2010, Mariana é pós-graduada em psicologia clínica, com ênfase em psicanálise, e frequenta a Escola dos Fóruns do Campo Lacaniano do Rio de Janeiro.
Em sua caminhada profissional, fez estágio no CAPs Torquato Neto; realizou atendimento ambulatorial no Instituto de Psiquiatria da Infância e Adolescência, no Hupe; em uma clínica psiquiátrica privada, em Juiz de Fora e, mais recentemente, atuou no projeto Reurge, da sua escola de psicanálise, instaurado na pandemia, com vistas a atender online e gratuitamente uma população mais vulnerável aos prejuízos socioeconômicos advindos da pandemia e dos últimos anos no país.
O trabalho que a psicóloga Mariana realiza na Mangueira é clínico psicanalítico, que se interessa pelo inconsciente, cuja principal forma de expressão é pela palavra, pela linguagem. Para a psicanálise, um sintoma é uma formação do inconsciente, que traz uma mensagem que precisa ser escutada. É um trabalho que privilegia a fala, o particular de cada pessoa, partindo do princípio de que quem sabe do seu sofrimento é a própria pessoa, e que ela ou ele, com a ajuda do analista, pode construir soluções originais para seus problemas.
“Atender na Mangueira significa me colocar a serviço de uma Instituição pela qual eu tenho reverência pela sua história e respeito e confiança no seu presente. E um profundo desejo de contribuir, um mínimo que seja, nas construções de futuro desta agremiação e a comunidade. É um motivo de orgulho imenso porque o Brasil com que eu amo não é só “verde-anil e amarelo, também é verde-rosa e carvão”. Hoje, mesmo morando em Cachoeira de Macacu, sigo atendendo na Quadra e apostando nesse trabalho”, finalizou Mariana Martins.